Alguns pensamentos...

em sábado, outubro 03, 2009
"Ainda assim, a última memória triste paira e, às vezes, deixa-se levar como neblina flutuante, interceptando a luz do sol e enregelando a lembrança de tempos mais felizes. Houve alegrias grandes demais para ser descritas com palavras e houve dores sobre as quias não ousei alongar-me; e com isso em mente, digo: escale se quiser, mas lembre que coragem e força são nada sem prudência e que uma negligência momentânea pode destruir a felicidade de uma vida inteira. Não faça nada as pressas; olhe bem para cada passo; e, desde o começo, pense o que poderá ser o fim." - Edward Whynper, Escaladas Entre os Alpes.
"Ele tinha razão ao dizer que a única felicidade certa na vida é viver para os outros...
Passei por muita coisa na vida e agora penso que encontrei o que é necessário para a felicidade. Uma vida tranquila e isolada no campo, com a possibilidade de ser útil à gente para quem é fácil fazer o bem e que não está acostumada que o façam; depois trabalhar em algo que se espera tenha alguma utilidade; depois descanso, natureza, livros, música, amor pelo próximo - essa é a minha ideia de felicidade. E depois, no topo de tudo isso, você como companheira, e filhos talvez. - o que mais pode o coração de um homem desejar?" - Tolstoi, Felicidade Familiar.
"Mas pouco sabemos até experimentarmos o quanto de incontrolável há em nós, instando-nos a atravessar geleiras e torrentes e subir alturas perigosas, por mais que o juízo nos proíba." - John Muir, As Montanhas da Califórnia.
"Mais que amor, dinheiro e fame, dai-me a verdade. Sentei-me a uma mesa em que a comida era fina, os vinhos abundantes e o serviço impecável, mas faltavam sinceridade e verdade e fui-me embora do recinto inóspito, sentindo fome. A hospitalidade era fria como os sorvetes." - Henry David Thoreau, A vida nos Bosques.
"No fim das contas, talvez o mau hábito dos gênios criativos de investir-se em extremos patológicos que produzam insights notáveis, mas isso acaba não proporcionando nenhum modo de vida duradouro para aqueles que não conseguem traduzir suas feridas psíquicas em arte ou pensamentos expressivos." - Theodore Roszak, Em busca do Miraculoso.
"Nenhum homem jamais seguiu sua índole a ponto de extraviá-lo. Embora o resultado fosse fraqueza física, ainda assim talvez ninguém pudesse dizer que as consequencias eram lamentáveis, já que representariam a vida em conformidade com princípios mais elevados. Se o dia e a noite são de tal forma que vós os saudais om alegria, se a vida emite uma fragância de flores e ervas aromáticas e se torna mais elástica, mais cintilante e mais mortal - eia aí o vosso
êxito. A natureza inteira é vossa congratulação e tendes motivos terrenos para bendizer-vos. Os maiores lucros e valores estão ainda mais longe de ser apreciados. Chegamos facilmente a duvidar de que existam. Logo os esquecemos. Constituem, entretanto, a realidade mais elevada. [...] A verdadeira colheita de meu dia-a-dia é algo tão intangível e tão indescritível quanto os matizes da aurora e do crepúsculo. O que tenho na mão é um pouco da poeira das estrelas e um fragmento do arco-íris." - Henry David Thoreau, A Vida nos Bosques.
Fragmentos que acompanham o livro "Na Natureza Selvagem", de Jon Krakauer. Simplesmente deslumbrante.
Recomendo o filme (com o mesmo nome) e o livro.
Postado por Letícia Christmann

2 comentários:

Sofia disse...

Muuuuuuuuuito bom o texto, parabéns!
beijos,
Sofia
(http://pirulito-no-palito.blogspot.com/)

Érica Ferro disse...

Esse fragmento foi bárbaro:
"O que tenho na mão é um pouco da poeira das estrelas e um fragmento do arco-íris." - Henry David Thoreau, A Vida nos Bosques."

Preciso ver esse filme e ler esse livro.

Beijo, Lê.

 
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