Aos poucos...

em segunda-feira, janeiro 11, 2010
Na primeira noite
Eles se aproximam
E colhem uma flor
De nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite
Já não se escondem:
Pisam as flores, matam nosso cão
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa
Rouba-nos a lua e
Conhecendo nosso medo
Arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.

Eduardo Alves da Costa inspirado em Maiakovisk
Postado por Letícia Christmann

4 comentários:

Anônimo disse...

Tudo poderia ser diferente, se nós disséssemos algo e lutássemos para proteger o que é nosso!!!

Bjs

Jééh disse...

é que eu costumo dizer, não se deve dar confiança a todos/ftao

Érica Ferro disse...

É preciso não calar-se.

Karol Coelho disse...

Liiiindo Le! Sou sua fã. Muito boa!

 
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